sábado, 26 de maio de 2012

A busca diária por uma solução

Na segunda-feira passada, a costumeira calma mantida até então pelo presidente do Inter-SM, Mauro da Silva, diante das adversidades parece que foi para o espaço. Indignado com o ponto em que a crise chegou, o dirigente alvirrubro desviou parte da pressão para o parceiro do clube, o Grupo MR, do empresário Marcos Rodrigues, de Taquara.

Sobraram cobranças quanto à falta de cumprimento do contrato com validade de uma década, que completa o primeiro ano neste sábado (confira alguns pontos no quadro ao lado). No momento, a diretoria tenta fechar com patrocinadores que estão em negociação para não ter de esperar pelo Grupo MR.

Mauro da Silva reclama da falta de investimentos do parceiro – o último repasse foi em março – e da ausência de um profissional do Grupo MR dentro do clube para ajudar na gestão do futebol. A intenção é dar um ultimato para que o parceiro assuma suas obrigações no acordo.

Contrato – Marcos Rodrigues não veio a Santa Maria para acertar os ponteiros com a diretoria, como o clube desejava. Isso deve ocorrer nos próximos dias. Segundo Mauro da Silva, o Inter-SM estuda a hipótese de recorrer judicialmente para obter a multa rescisória. Em caso de vitória, o clube receberia R$ 500 mil do Grupo MR e R$ 100 mil da empresa Pop Mídia, do empresário João Luiz Vargas, envolvido no contrato.

Uma alternativa é manter o acordo, mas cobrar que o grupo de Taquara arque com a dívida do clube, calculada pelo contrato em R$ 1.792.300,14. O parceiro teria a atribuição de negociar e quitar esse valor, além de investir no futebol. Em troca, ficaria com 60% dos lucros gerados em bilheterias, negociações de jogadores e outras ações de marketing. O restante pertenceria ao Inter-SM.

– Ele (Marcos) assumiu todas as dívidas e se comprometeu em fazer a gestão e suprir financeiramente o clube. Então, as dívidas que vierem, vamos passar para ele – diz Mauro.

O empresário Marcos Rodrigues confirma que não tem enviado dinheiro e diz que só mudará de ideia depois de conversar com os dirigentes. Ele acredita que um patrocínio em nível nacional deva ser fechado em breve e está em tratativas para enviar um gestor para a Baixada. Segundo ele, a falta de aproximação da torcida santa-mariense com o clube o afugentou.

– Se o povo começa a abraçar a causa, vou ver que está valendo a pena. Não adianta eu deixar a mesa farta para todo mundo e ninguém vir comer. Preciso que as pessoas frequentem o clube, abracem a causa. Aí, sim, com certeza vou me empenhar mais – afirma.

Fonte: Diário de Santa Maria

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