sábado, 10 de setembro de 2011

Parceria estremecida

Reunião na sexta-feira externou descontentamento da diretoria com o Grupo MR.

 

A parceria firmada no dia 26 de maio entre o Inter-SM e o Grupo MR, de Taquara, deu o que falar desde o começo. Muita polêmica foi gerada em torno da ligação do clube com o empresário Marcos Rodrigues, cujo discurso demonstra um otimismo exacerbado, mas é pouco esclarecedor quanto às ações em benefício do Inter-SM. Depois de muita especulação, na sexta-feira veio à tona a reprovação por parte dos dirigentes colorados, em especial, quanto à falta de cumprimento de alguns pontos do acordo. O presidente do Inter-SM, Mauro da Silva, diz estar apreensivo e não descarta a rescisão do contrato.

A avaliação interna é de que o resultado nesses primeiros três meses e meio da gestão compartilhada com previsão para durar 10 anos está abaixo do esperado. Uma reunião do Conselho Deliberativo, em 29 de agosto, havia servido para esclarecer dúvidas com o empresário de Taquara. Mauro afirma que, inclusive, o clube já estudou a viabilidade de encerrar a parceria sem ter de arcar com a multa rescisória de R$ 500 mil. O valor recairia sobre o Grupo MR, que não estaria fazendo a sua parte.

 - Chegou a hora deles (MR) começarem a mostrar serviço. Só o dinheiro que estão mandando é pouco, precisamos da gestão deles. Eu preciso ter uma garantia da parte financeira. Parceria boa só para um lado não existe. Qualquer coisa pode acontecer. Pode aparecer dinheiro de montão, como tudo pode ser terminado ? desabafa o presidente Mauro.

Reunião: No final da manhã de sexta-feira, o descontentamento foi escancarado. A pedido do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e advogado do Grupo MR João Luiz Vargas, uma reunião na Choperia Alemanha, em Santa Maria, tratou do assunto. Além de dois assessores de João Luiz, Mauro e Brandt estiveram presentes.

Mauro e Brandt expuseram problemas enfrentados até o momento. As principais reclamações são quanto à falta de investimentos em infraestrutura e de planejamento em relação à verba que será destinada para o futebol em 2012. Os cerca de R$ 12 mil mensais injetados pelo Grupo MR são considerados abaixo da expectativa.

Marcos Rodrigues também estaria dando pouca atenção ao clube. Ele tem passado a maior parte do tempo fora de Santa Maria, e a dificuldade de contato com ele é um agravante.

 - O Marcos (Rodrigues) vai ter de vir aqui nos próximos dias, sentar e reavaliar algumas coisas. Vamos ver o que vai acontecer - afirma Brandt.

Na sexta-feira à tarde, o Diário havia marcado uma entrevista com o empresário, na Baixada, mas ele não apareceu e nem sequer atendeu às ligações ao longo do dia.

O advogado João Luiz Vargas, que intermediou a vinda do Grupo MR, comentou estar preocupado por considerar que, realmente, o acordo não estaria sendo cumprido pela empresa. Ele diz que, entre outros investimentos, o parceiro do Inter-SM já deveria ter disponibilizado um ônibus para transportar o time B colorado.
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Fonte: Diário de Santa Maria

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