sexta-feira, 18 de abril de 2008

É uma muralha no gol


Superada a desconfiança de parte da torcida no começo da temporada, goleiro agora é festejado

Escolhido por quase todas as emissoras de rádio presentes no Estádio Alfredo Jaconi como o melhor jogador do confronto com o Juventude, o goleiro Goico também ganhou destaque por suas declarações fortes pós-jogo. Aproveitando a projeção que ganhou por causa das grandes defesas feitas na partida, o camisa 1 do Inter-SM respondeu às insinuações que teriam sido feitas por parte da imprensa de Caxias do Sul, sobre uma provável goleada do Juventude.

- Eu apenas falei que eles deveriam nos respeitar um pouquinho mais, até pela campanha que nós estávamos fazendo - desabafa Goico, que fez as vezes de porta-voz da indignação dos atletas do Inter-SM.

Aos 32 anos, está é a quinta passagem do goleiro pelo Estádio Presidente Vargas. Já são, ao todo, 10 temporadas vestindo a camisa colorada, mas, com certeza, esta é a mais feliz de todas. Depois de começar o Gauchão como reserva de Fabiano, Goico assumiu a titularidade em decorrência da lesão do companheiro durante a partida fora de casa contra o Veranópolis, ainda na primeira fase da competição.

No início, Goico chegou a ouvir algumas críticas de parte da torcida, que o considera muito baixo (1m77cm de altura). No entanto, os comentários maldosos não resistiram às boas atuações do goleiro, principalmente nas partidas do mata-mata, contra Sapucaiense e Juventude. Definitivamente, Goico caiu nas graças da massa colorada, que já se acostumou a vibrar com suas defesas. E o jogador, criado na Baixada, faz questão de retribuir todo esse carinho:

- Não há palavras para descrever o que eu sinto pela torcida do Inter-SM. Só tenho a agradecer a Deus por esse bom momento que eu estou vivendo e continuar trabalhando com a mesma seriedade e dedicação de sempre.

Preparação - No primeiro treino dos titulares após a vitória sobre o Juventude, o treinador Paulo Porto comandou um trabalho técnico-tático na Baixada ontem à tarde. Enquanto os demais jogadores faziam um treino de dois toques, Goico era submetido a um legítimo bombardeio comandado pelo preparador de goleiros, Renato Ruas. Foram dezenas de chutes à queima-roupa para aprimorar a agilidade do goleiro, que depois passou por uma bateria de pênaltis. Afinal, essa é uma possibilidade, caso o Juventude consiga vencer por 1 a 0. Mas isso não é problema para quem nasceu Laerte Fontana e recebeu o apelido de Goico em homenagem ao goleiro argentino Sergio Goycochea, famoso por pegar pênaltis.

- Eu me sinto bem defendendo pênaltis. Espero que não precise fazer isso no jogo de domingo, mas, se for necessário, vou tentar dar a minha colaboração para a classificação da nossa equipe - diz o goleiro.

Fonte: Diário de Santa Maria
18/04/08

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