quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Eles sempre acreditaram
Chiquinho (à esq.) e Alê Menezes fizeram parte da equipe que levou o Inter-SM à elite do futebol gaúcho. A reta final até a conquista foi repleta de dificuldades, mas o time se uniu em torno da fé
Quarta-feira, 12 de setembro de 2007. No Estádio Presidente Vargas, em Santa Maria, o Inter-SM jogava contra o Santo Ângelo. A vitória deixaria o time confortável na batalha por uma vaga na elite do futebol gaúcho. O colorado vencia por 1 a 0 quando, aos 43 do segundo tempo, cedeu o empate. Fim de jogo: o Inter-SM permanecia em quarto lugar na competição, que elevaria apenas dois times à Série A. Para ter chances de ir para a primeira divisão, seria necessário vencer três jogos e torcer contra dois adversários à frente na tabela. Entre os jogadores, a tristeza foi total.
- Fomos para o vestiário de cabeça baixa, pensando que o esforço do ano todo havia ido por água abaixo. Ninguém dormiu naquela noite - lembra o centroavante Alê Menezes, 31 anos.
Outro fator de desânimo foi o descrédito de parte da torcida.
- Aquelas pessoas que invadiam o vestiário para nos cumprimentar nas vitórias, sumiram - conta Alê.
O apoio da comissão técnica e da direção do clube foi fundamental para que os jogadores se reerguessem. Afinal, ainda havia três jogos a disputar e, se todos fizessem a lição de casa, a Segundona seria passado. Foi quando a fé brilhou forte no Presidente Vargas.
- Nos unimos pela fé. Cada um tem sua religião, mas passamos a rezar juntos. Até montamos um altar no alojamento - diz o centroavante.
- Há uma frase da Bíblia que diz: "Aqueles que se aproximam de Deus devem crer que Ele existe e se torna presenteador dos que o buscam". Absorvemos essa parte. Faríamos nossa parte e Deus faria a Dele - afirma o meia Chiquinho, 26 anos.
Os resultados dos jogos seguintes refletiram a crescente fé: vitórias contra o Sapucaiense e o Ipiranga-Sa. E a perseverança do time em busca de resultados favoráveis parece ter contagiado a torcida que, no último jogo - o mais importante, contra o Pelotas - lotou o estádio para empurrar o time para a Série A. O fim da história a gente conhece.
- A torcida e a comunidade sentiram nossa fé e foi nos apoiar - diz Chiquinho.
União é fé para seguir no topo
Em janeiro, o Inter-SM começa a lutar pela permanência na primeira divisão, no qual terá de enfrentar times grandes como o Internacional e o Grêmio. Mas ninguém parece assustado.
- Não tem bicho-papão. Fora Grêmio e Inter de Porto Alegre, é tudo nivelado. Sabemos que será difícil, mas, no que depender de nossa fé e esforço, chegaremos lá. Agora, vamos comer, dormir e respirar pensando no Inter - diz Alê Menezes, sobre o primeiro adversário na competição.
Fonte: Diário de Santa Maria
22/12/07
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