sexta-feira, 23 de março de 2012

Diretoria reúne jogadores do Inter-SM para tratar de salários atrasados

A situação financeira complicada do Inter-SM vem de algum tempo. Os dirigentes têm sido claros nas declarações em externar as dificuldades para manter as obrigações em dia e sanar o clube. Na tarde desta quinta-feira, eles tiveram de enfrentar mais um obstáculo: explicar aos jogadores o atraso nos salários de fevereiro, que deveriam ter sido pagos no quinto dia útil de março.

O blog apurou em que termos teria ocorrido a conversa, no vestiário do Estádio Presidente Vargas. Pouco antes do treino da tarde, o presidente Mauro da Silva e o vice de futebol Paulo Brandt teriam chamado o elenco para uma reunião. Mauro preferiu não se manifestar a respeito. 

- Eu só vou me pronunciar oficialmente amanhã (sexta-feira), não posso falar hoje - disse o presidente do Inter-SM, que se queixa da falta de apoio do empresariado. 

As vozes da diretoria só serão ouvidas na manhã desta sexta-feira, para quando está marcada uma entrevista coletiva. Alguns atletas informaram que Mauro e Brandt teriam avisado que está difícil conseguir recursos para colocar os salários em dia. Um dos motivos seria uma suposta negativa do empresário Marcos Rodrigues, parceiro do clube, em ajudar a pagar a folha. O contrário do que Brandt afirmou em entrevista à Rádio Imembuí, nesta quinta-feira, garantindo que Rodrigues havia se comprometido a socorrer o clube nesse caso. O blog tentou, mas não conseguiu contato com os dois para repercutir a questão.

Os jogadores - Para o elenco do Inter-SM, resta a expectativa de que a situação se resolva. O zagueiro Xavier, 33 anos, um dos mais experientes, desabafou:

- Está complicado, né? Muita gente, o próprio torcedor, pega e vai a campo vaiar. E não sabe da nossa situação. A gente tem um grupo de homens, pronto para ganhar. Hoje (quinta-feira) teve reunião com a gente lá, e a única coisa que falaram foi que não têm previsão de dinheiro. É complicado, com família, conta para pagar e tal.

Xavier reconhece que o clube passa por um momento difícil, mas confia que Mauro da Silva e Paulo Brandt resolverão a situação. Ele aposta no respaldo da diretoria. O mesmo que ele deu ao recusar propostas de outros clubes, optando por permanecer em Santa Maria.

- Eu tomei minha decisão de ficar ali pela minha palavra. E não estou arrependido. O homem tem de ter palavra. Se não tiver palavra, pode largar. Vamos deixar nas mãos deles, de correr atrás e pagar - afirma o zagueiro.

Para o ala/meia Vainer, 31 anos, a situação ainda está dentro da normalidade. Ele considera que, se o atraso chegasse a dois meses, seria mais complicado. A esperança do experiente atleta é que o ambiente bom que está sendo criado, segundo ele, não seja prejudicado.

- Dentro de campo, vamos fazer o possível para ganhar jogos, e que assim apareçam novas empresas para ajudar o clube - projeta Vainer.

As explicações da diretoria sobre o assunto, só nesta sexta-feira. O certo é que será imprescindível a entrada de dinheiro no caixa alvirrubro. O que, é preciso admitir, não está sendo fácil de acontecer, apesar das tentativas dos dirigentes.

Fonte: Da Arquibancada - Diário de Santa Maria

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